a história de uma jornada nunca é a mesma independente dos processos necessários para estar aqui e agora. foram tantas escolhas, tantas quedas, tantos desalinhos que o acalanto de estar e permanecer-me é veramente incrível. a viagem foi longa e cheia de turbulência, sem contar as sobre o atlântico, e tudo isso na esperança de avistar o Tejo, e enfim, ele está correndo e vertendo-se, ali logo ao lado.
meu amado Tejo, de tantos fados, malfadados, fados... tão lindos fados...
tens olhos, nariz e boca, mesmo sendo uma entidade em mim, um ser mítico e mantenedor de todas as palavras já proferidas até aqui e ousaria dizer que todos os meus caminhos me trouxeram até aqui. e isso não é apenas uma canção de amor, ou um louvor, ou um clamor desses que caem no esquecimento de quem os lê por uma só vez, em voz alta como oração.
declama-me e inflama-me e de certa forma sempre fui-te, só e apena meu, Tejo.
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